sábado, 20 de agosto de 2011

Lançado programa que aponta caminhos para cidades sustentáveis

ONGs se inspiraram nas experiências de mais de 600 cidades europeias para construir um plano de cem metas que vão desde a defesa ao meio ambiente ao controle de gastos públicos.


Um programa lançado nesta sexta-feira (19), em São Paulo, aponta caminhos para que governos e sociedade consigam construir, juntos, cidades sustentáveis. O objetivo é traçar planos com base em exemplos bons.
Árvores no chão abriam caminho para os pastos. Há apenas três anos, a cidade paraense de Paragominas era uma das que mais contribuíam para o desmatamento da Amazônia. Paragominas virou o jogo quando autoridades municipais fizeram um acordo com a sociedade e agora eles plantam 10 milhões de árvores por ano.
“Somos o único município da Amazônia com monitoramento por satélite e, mês a mês, a gente valida em capo se houve desmatamento”, garante o prefeito Adnan Demachki
Sem saber, Paragominas foi para lá de moderna. O Programa Cidades Sustentáveis propõe agora algo parecido para todo o Brasil. Organizações não-governamentais se inspiraram nas experiências de mais de 600 cidades europeias para construir um plano de cem metas que vão desde a defesa ao meio ambiente ao controle de gastos públicos. Eles querem arrancar o compromisso do maior número possível de candidatos já nas próximas eleições municipais.
“Nós estamos mostrando como está a situação do município e estabelecimento de metas para serem atingidas ao longo da gestão e prestação de contas anual para a população”, diz Oded Grajew, coordenador da Rede Nossa São Paulo.
A troca de informações entre as cidades é o caminho mais curto para resolver os problemas. Em São Paulo, uma preocupação é que grande parte da água que deveria abastecer a população acaba não chegando às torneiras.
O desperdício já foi maior, mas 26% ainda se perdem por causa de desvios e vazamentos. Tóquio é um bom exemplo: tinha um problema muito parecido e já resolveu. O desperdício de água em Tóquio caiu de 18% nos anos 80 para 3% agora.
Iniciativas como a japonesa e a paraense, pela proposta do Programa Cidades Sustentáveis, vão formar um banco de ideias para semear soluções por todo o Brasil.
Fonte: Jornal Nacional

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